Entre o Pranto e o Amor
O tempo voou rasgando caminhos inesperados
Nas rotas do destino sob o céu de uma tarde.
Trazia uma lâmina para um coração desavisado
E a tristeza de um pesar sem grande alarde.
E entre as sombras da breve cumplicidade,
Foram-se sonhos que os ventos levaram
Deixando eternas pegadas de saudade,
Das passagens que nunca mais voltaram.
E o peito ferido contando minutos, dias,
Horas, entre momentos claros e escuros,
Gritou sua dor, sangrando em poesias
As cores da ausência de um amor tão puro.
Assim o tempo, cruel e ao mesmo tempo terno,
Tornou-se trajetória de um destino a se recompor.
E nas sendas da vida em seu ciclo eterno,
Impõe-me caminhos entre o pranto e o amor.
Vilma Orzari Piva
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Ilustração / Imagem Pinterest