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terça-feira, 29 de novembro de 2011
Canto Outonal / Haicai
CANTO OUTONAL
Cantos d´outono
Cantos d´outono
Lembram vozes do verão.
Amor saudoso.
Vilma Piva
Amor saudoso.
Vilma Piva
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domingo, 27 de novembro de 2011
Ancoradouro
ANCORADOURO
Retorno com o amor à paz do porto!
Confortada por dois olhos em alto mar.
Preparou-se no horizonte o preamar
Da vida dos que se lembram num horto.
Resgatou-se na busca dos esquecidos
Desejos marejados diante das visões
Do barco do amor, sonhando ilusões,
À paz do porto depois da luta vencida!
Festeja o cais a alegria da chegada,
O encontro, a poesia em terra firme,
E não há quem o amor não confirme
A rota para o farol da paz esperada!
Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®
Vilma Piva
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Nó de Suspirar
NÓ DE SUSPIRAR
Teu paladar me toma
Teu paladar me toma
Ao sabor da tua vela esganiçada
E fico envolta de um mar da noite
Navegando–te em conchas suspiradas.
Aos nós dos teus ventos
Levas-me refém ao teu peito
Abarrotando-me barcas de pressentimentos
Que lambem o sal do nosso leito.
Ondeio teu corpo num beijo de permeio
A respingar tuas carícias à tona dos meus seios,
Estreito-te âncora nos meus braços
E zarpo contigo nas amarras do teu laço.
Vilma Piva
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domingo, 20 de novembro de 2011
Somos II
Somos II
Somos sorte que a poesia conspirou!
Somos sorte que a poesia conspirou!
O premio do sentimento delirante,
A sequência da linha escrevente,
A soma do sonho que não titubeou.
Somos pensamentos, tráfegos e becos!
Somos pensamentos, tráfegos e becos!
Lanternas de luzes, avenidas e muros.
Somos terra na saga dos futuros,
Sementeiras dos silos em ecos.
Somos balanços de amor em danças!
Somos balanços de amor em danças!
A benção da colheita encenada,
O roteiro, a viagem e a chegada,
A seiva dos corpos em alianças.
Somos duas cores que se mesclam!
Terceiro tom da mesma aquarela,
Somos duas cores que se mesclam!
Terceiro tom da mesma aquarela,
O retrato da aurora abrindo janelas,
Sentidos e gozos que se misturam.
Vilma Piva
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Vilma Piva
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Paixão
PAIXÃO
Escravos do amor e sexo
São amantes da paixão.
É o côncavo e o convexo
Em pele, carne e coração.
Vilma Piva
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sábado, 19 de novembro de 2011
Beija-Flor
BEIJA-FLOR
Pássaro e flor
beijam-se alegremente_
doces carícias.
*
Vilma Orzari Piva
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Vilma Orzari Piva
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sexta-feira, 18 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Tango - Poesia
TANGO - Poesia
Decotas-me o vestido vermelho
Preso as curvas dos meus ombros
E bailas comigo teu corpo sedutor
Num rocio perfumado e elegante
A espreitar a fêmea arquejante
Enlaçada ao bandoneon de teus braços.
Desenvoltos ao tango que a cada passo
Prendes-me ao teu amante peito viril
Compassando-me ao alto dos meus saltos
A oferecer-te dançante a minha boca
Entreaberta, desejosamente delineada,
Próxima do teu rosto e dos meus arrepios.
Comandas sensualidades a passos largos
A dançar em nossos corpos sincronizados
Encaixados por mantos que levantam
Minha perna desnuda em fenda insinuante
No deslizar das coxas ao toque da tua mão
Seduzida por teu olhar fixo nos meus.
E soltas-me num repente em ropodios
Ritimando giros que me retém ao gozo
Nas tuas voltas e idas impulsionando-nos
Redobrados calafrios, entregues ao decote
Das volúpias em teus quereres indomáveis
Curvando-te arfante ao roubo de um beijo meu.
Vilma Piva
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Verso Calado
VERSO CALADO
Deitou o verso o poeta insone
por sobre a mesa fria do silencio
olhando-o tênue luz do casarío
ao adentrar da lua por cicerone.
E ali se fizeram horas de nostalgias
entre paredes de vasta amplidão:
lembranças, clareiras na escuridão,
desenhos e ais de melancolias.
Repaginou-se só, calcinado
às luzes inscritas nas estrelas
com mesmo sentir de poeta alado:
Ter a poesia do verso calado
com voz aguerrida e enfim trazê-la
Ao chão de prata do poeta ilhado.
Vilma Piva
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