SOLIDÃO
Solitário, aquele banco de jardim
imóvel sob as intempéries do tempo,
é cercado de ventos gelados sem fim
e por estórias esquecidas no tempo.
Vê-se o abandono nessa solidão
sob os estremecimentos dos arvoredos
e a cada tremular dos galhos em vão
soltam-se as folhas para os degredos.
Sob sol ou chuva aquele banco
fica à espera de alguém por abono
que venha cessar o seu abandono.
E deixar de ser tão só, tão branco,
Para colorir-se de alegrias em dias de outono
e ter a companhia de um sorriso franco!
Vilma Orzari Piva
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