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sábado, 30 de junho de 2012

Lágrima


LÁGRIMA

Num olhar diferente
nasce a lágrima que traduz
o frágil amor da gente,
desesperançado, sem luz!

*

Desliza pela face
tristes gotas de adeus
à paixão que sem disfarce
 amava um semideus!

*
Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Haicais - Gaivota



GAIVOTA

*
No céu em cores
a gaivota voa livre
 asas de alvores.

*


*

Viajam alcances,
sob o céu de pássaros,
gaivotas brancas.

*


*
Revoam gaivotas
Sobre ondas do mar azul
asas de belezas.

*
Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

domingo, 24 de junho de 2012

Por Amor ao Planeta Terra




POR AMOR AO PLANETA TERRA
Rondel –XXIII

Não podemos abortar do ventre da terra
os plantios e os brotos que ainda virão
saciar a fome no planeta que hoje descerra
o tamanho descuido do homem sem visão!

Falta amor, um grito reunido que encerra
mais vida aos mares e a toda plantação.
Não podemos abortar do ventre da terra
os plantios e os brotos que ainda virão!

Há tantos descasos que o chão berra
pelo seu e nosso futuro sem chão,
sem morada, sem  paz e na guerra,
chorando vidas pela nossa omissão.
- Não podemos abortar o ventre da terra!

Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

domingo, 17 de junho de 2012

Entre o Luar e a Praia


ENTRE O LUAR E A PRAIA
Rondel XXVI

Na medida exata entre o luar e a praia
Nossos corpos se deram como mar!
Espraiados e desnudos sobre a areia
Nossos ventres molharam-se de amar.

Sem mais pejos retornei à tocaia
E abrasei teu peito a naufragar
Na medida exata entre o luar e a praia.
Nossos corpos se deram como mar!

Falei teu nome ao mar que ondeia
Espumante de se apaixonar
E aos teus ouvidos: - Meu atalaia,
Por onde naveguei em alto mar,
Na medida exata entre o luar e a praia!

Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Vestígio De Um Sorriso





VESTÍGIO DE UM SORRISO

Quando a tardinha deixa cair o vestígio
De um sorriso angelical sobre as roseiras
O outono vem depressa para o litígio
Da estação dos ipês e quaresmeiras.

E por entre a faixa rubra do horizonte
Vem o encanto, o delírio e a pureza
Na cor que avermelha o tom da ponte
Que liga a terra ao céu da beleza.

É nessa hora que deixo cair as saudades
Sobre dois olhos negros adolescentes
Que floresciam tons de jovialidades
Na ilusão dos amores permanentes.

E brota dali uma certa esperança
De vê-lo passar na minha calçada
Entendendo que o tempo é criança
Sorrindo prá nós dois nessa florada.

Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Devota do teu corpo




DEVOTA DO TEU CORPO

No conforto do teu corpo vou navegar
Um mar de amor tão nosso e a contento
Que o medo dos vendavais me fez jurar
Que nada importa senão esse sentimento.

Abarcada ao leme dos teus abraços
Vou colada em ti em ondas de ventres
Tu e eu em balanços sem retraços
Nas braçadas de fôlegos esplendentes.

Num ir e vir teu corpo me tenta, atrai,
Expande a paixão ao limite do gozo
Perolando-me marejada ao que me contrai
Devota do teu corpo ao meu tão desejoso:

De teu beijo, da tua barba, do teu cheiro,
Da superfície às profundezas do nosso mar,
Agarrada a vida prendendo-te barqueiro,
Entre pernas, rumo ao ápice do nosso amar.

 
Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados®

sexta-feira, 1 de junho de 2012

No Balanço da Paixão



NO BALANÇO DA PAIXÃO

Cantas o gozo aos meus ouvidos
Falas de amor no balanço da paixão
Incitam-me carinhos sentidos
E o infinito da nossa sedução.

Provocas os gemidos das loucuras
Mareias meus seios aconchegantes
Vislumbro o veleiro das tuas juras
Abarcada do teu mastro navegante.

Vens imponente em diabruras
Repetir meu doce, meu bem querer,
Introjetar-me delícias e quenturas

Elevar-me aos espasmos de viver
O sexo feliz, amor das criaturas,
No gozo do teu corpo a nos arder.

Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®