Pétalas do Sentir
Enquanto cai uma lágrima em cinzas ainda vivas,
soletro teu nome ao infinito amor dos céus,
pois o tempo, algoz, remexe promessas cativas,
qual filme em branco e preto projetando adeus.
Ainda vive o amor ao meu redor, silencioso,
sobre flores desfolhadas após dura chuva;
sonham cores sob o sol da manhã, luminoso,
trazendo às pétalas do sentir o vazio que enviúva.
Mas sei que o amor resiste ao pó do tempo,
feito chama oculta sob a cinza fria,
guardando luz no escuro do silêncio.
E mesmo em dor, meu verso ainda confia
que onde houve amor não nasce esquecimento:
renasce o sentir eterno em poesia.
Vilma Orzari Piva
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Minha querida amiga Vilma,
ResponderExcluirQue soneto lindo. É a mulher que se despe e se transforma em uma flor... Em amor. É a dor se transformando em poesia. Gostei muito!
Acredito que conversaremos antes do Natal e do Ano Novo, mas, desejo a ti e a tua família boas festas!
Beijos!!!