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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

De onde vem a Poesia?


DE ONDE VEM A POESIA?


A poesia vem de dentro 
expressando o sentimento 
levando-nos ao centro 
da palavra: o alimento. 


Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Haicai - Martim Pescador





Nome: Martinho.
Que belo passarinho.
 Martim Pescador!
*
Martim, o Pica-Peixe
dos rios, lagos e charcos
assim é na Amazônia.
*
Som de matraca
forte e estridente
canta e emplaca.

*
Vilma Piva

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Melindrosa



MELINDROSA

Roubaram-lhe a ingenuidade
que sorria para a vida ilusória
e deram-lhe vestes da cor terra
com franjas das quatro estações
tremulando na barra da saia.

Levaram-lhe os cetins de bailarina,
o encanto das sapatilhas cor de rosa
e fizeram-lhe pequena camponesa
do dia à dia:  - Pão sobre a mesa.

Prenderam-lhe ao verde dos campos,
aos cantos dos pássaros e dos rios,
ao azul infinito, ao vento, ao sol e a chuva,
a seda, ao linho e ao algodão.

Restou-lhe o  romantismo
de um triste olhar
 e o carmim das melindrosas.


Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Sonho de Primavera




SONHO DE PRIMAVERA

Quem me dera....
Enxugar o pranto e dar cor ao teu rosto
Ver o sentido do sol na palma da mão
Ir e reflorir teus canteiros com gosto
Cuidar das lágrimas do teu coração.

Ser a deusa do amor, curar tuas feridas,
Saciar teus sonhos, flutuar aos ventos,
Cantar odes de alegrias sem partidas
Perfumar a vida com nossos momentos.

Quem me dera...
Vislumbrar a mágica para ser feliz
E contigo estar a cada amanhecer,
Ocupar teu peito com força motriz,
Ser tua canção e em teus beijos viver.

Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O Silencio



O silencio é o caminho 
do poeta e na escuridão
ele faz a travessia para o etéreo.


Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

domingo, 18 de agosto de 2013

Encontro





ENCONTRO

Tens em meus lábios o doce segredo
Que cativa minha boca em trilhas
E me desvelas o beijo e compartilhas
Das chamas que não são degredos.

Sou a busca do amor enternecido
Perdidamente amante de teu coração
Onde ainda há pouco resvalei minha mão
No teu peito de sonhos destemidos.

E meu coração descompassa, te abraça,
Como se num instante eu pudesse ser
O vulto dessa asa viva em teu querer
A beijar-te com vinhos na minha taça.

E rendo-me à tua boca, ó prisioneiro,
Nas celas da tentação de teu ninho
Embebida nas noites que caminho
Alvejada pela tua flecha de arqueiro.

Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

domingo, 11 de agosto de 2013

P A I


PAI

Do teu rosto
Quanto me lembro....
Daquelas marcas na testa
franzindo teu semblante,
num misto de austeridade
tantas vezes tão breve, passageira,
suavizada por tua bondade.

Da tua voz
quanto me lembro...
Chamando- me “minha filhinha”
entre carinhos e reprimendas
explicando-me o certo e o errado
ou ensinando-me as horas
orgulhoso de seu relógio de bolso.

Das tuas mãos,
saudosa me lembro...
Dos desenhos que fiz seguindo
o caminho das veias azuladas de labutas,
naquela jovem mão calejada da enxada
e das cordas que guiavam animais
desde sua tenra idade ao sol do trabalho.

Dos teus passos...
Quanto me lembro
daquele pisar forte
chegando às tardinhas
de passos já cansados
chamando-nos à sua volta
conferindo o hoje de cada um,
pedindo nossas escolhas
para passeio no domingo, depois da missa.

Ah...e tua espontaneidade
naqueles passos abrindo o baile
com desenvoltura dançando
arrasta-pé, catira e valsa!

E quanto me lembro
daquele carinho recheado
de alegria e aconchego ao cair da noite,
junto dos filhos contando estórias e histórias,
esperando o nosso sono chegar com sua benção
para depois dormir no sossego do merecido repouso...

Ah... Meu querido Pai!
Quanta saudade!

Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

sábado, 3 de agosto de 2013

Rio Revolto


RIO  REVOLTO 

Há um rio revolto levando águas
para as corredeiras chorosas
margeando encostas sem mágoas
atravessando distâncias amorosas.

Desliza solto, corre, invade
campos, florestas, cerrados,
murmurando com toda agilidade
a dor de ser só, triste, agoniado.

Serpenteia águas em seu curso
mas não crê que haverá uma foz
que o amaine desse triste discurso...

Segue incrédulo em seu leito atroz
fazendo das quedas rito e percurso
onde a lágrima é barco veloz!

Sem ver a barcaça e o albatroz
sobre o mar, sua verdade e foz!

Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

domingo, 14 de julho de 2013

Noite Peregrina



NOITE PEREGRINA

O teu pensamento me emociona,
pois ouço teu hino ao coração
cantando ao longe o que tensiona
as cordas das rimas em louvação.

Acreditas em minha alma, em mim,
[traduzida mostra transparente]
neste meu amor por ti, sem fim,
em sonho vívido profundamente.

Debruço-me à lua olhando o céu
exilada ao infinito deste amor;
ao sentimento que retira o véu

cortada por um grito dominador,
digo ao meu silencioso mundéu:
- Sou tua noite peregrina de amor!

Somos amorosamente ardentes,
parceiros do amor em corpos amantes!

Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

terça-feira, 9 de julho de 2013

Interioridades


INTERIORIDADES

Do meu interior trago coisas simples da vida
como essa luz que atravessa a tarde preguiçosa
para descansar na noite dos teus braços.

Trago  água fresca das fontes e o suave mistério
povoado de sonhos nascedouros de um beijo
tão claro, como  todas as vezes em que  o dia me abriu.

Ofereço-te  meu campo  de girassóis, sombra e sementes,
colheitas  que chegam e ardem encantos para teu rosto
aderente ao sol que  ora me chama e me lavra em poesia.

Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®