Chorava a tarde entristecida, alquebrada,
Na dor da frágil promessa dos anéis
Que esperançavam alívios aos farnéis
Pesados aos olhos das doçuras sonhadas.
Quietamente tragado pelo surdo vozerio
Que não ouvia meu gemido nem o estio
Apoderando-se da garganta um nó abafado.
E eu olhava a monotonia da tarde calada
Que aos poucos ia morrendo avermelhada
Sutilmente miscigenada pelo azul do céu.
E por mais que a ternura conspirasse a melancolia,
Que por horas vi meus olhos envoltos em véus.
Vilma Piva
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