CENTELHA DA PAIXÃO
Luzes de velas tremulam chamas
Da paixão, sombreada nas paredes
Liberais do amor, tatuando sedes
Em chispas acaloradas por flamas.
Na combustão do desejo ardente
Fagulhas invadem os poros suados,
Perdidamente lanham molhados
Dois corpos atritados, inclementes.
Por debaixo dos panos, nus, na alcova
Sem saber das horas, somente o tesão
Fervilha o tempo, peito e coração.
E faz-se a centelha da contraprova
Sem regras para amar sob ebulição
De labaredas na força da paixão.
Vilma Piva
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