PEDRA BRUTA
Alguém dentro de mim pede-me em descobertas
E busco rastros, palavras, fissuras que desprendem
De acertos, erros, dúvidas, e elos que me prendem
Das superfícies às profundezas semi encobertas.
Luares rasgados e essa voz ao vento a lapidar
Camadas na minha pele bordada na prontidão
Da transcendência, eternizando-se indagação
Por alguém, por algo que a insensatez faz amar.
Destino que golpeia a dor da eterna procura
Abrindo-se os caminhos da lágrima e riso
Nessa condição humana ilusória de paraiso
Colecionando histórias, cacos e ordiduras.
É nesse meu todo que se ergue a incompletude
Na sublime marcha que presenteia a labuta
Sangrando minhas mãos em pedra bruta.
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