Pé ante pé, entraste na minha casa onde ali estancou o tempo
Da minha espera respirando teus versos manchados do ontem,
Adentrou meus corredores refletidos nos espelhos emoldurados
Nas paredes brancas que gritavam a tua ausência e distância.
Ah....ouviste meus gemidos diante da lua mensageira
Enquanto as estrelas brilhavam pela imensidão da noite
E acordava a feiticeira dos teus abismos em meus temores
Encrespados do bálsamo que transpira a minha doce pele.
E abriram-se novas portas para surpreender o amor e a paixão
Diante dos meus olhos incendiando momentos guardados
Retorno aos passos entrelaçados, entre sombras e promessas,
Bem ali, no limiar dos sortilégios e da carne estremecida,
Curei tuas feridas e fui tua – no feitiço doce da espera consumada...