Renascimento
Acostumada à tua presença, ao tempo e à forma de medi-lo,
de viver estações na plataforma do sonho, de visitar labirintos,
e de ouvir tua voz enlevando meus sentidos sob meus cabelos,
agora aceno à poesia e renasço, pra não deixar morrer meus instintos.
E amanhece um novo tempo, mas sem profundezas do que é apenas repetido,
surpreendendo meu olhar no limiar dos teus passos talvez cansados,
talvez voltados às tuas reflexões, desde o silêncio em que fomos detidos
por dias e noites, na tua clareza, até o final do nosso destino.
Compreendo que seja assim, pois não saberei caminhar na aurora
sem intensidades, nem sobre a superfície da memória de outrora;
sigo agora entre o real e o imaginado, recolhendo saudades.
Pois de tudo resta o sopro, um aceno, um traço, o agora:
a lembrança a pulsar nas dobras do caminho que aflora
o meu renascer levando teu toque pleno de eternidades.


Minha querida amiga Vilma,
ResponderExcluirSempre que leio os teus poemas, sinto a Fênix dentro de ti ressurgir das cinzas.
A vida nos traz perdas e, as palavras muitas vezes são a nossa salvação curativa.
Os labirintos em que adentramos não têm "fio de Ariane" para nos guiar de volta ao fim do nosso destino. Mas, precisamos maturar nossas emoções e avançar.
Tenha uma ótima semana.
Beijos!!!