Depois do Pôr do Sol
Talvez ao
longe tu ainda me vês,
Desbotada, depois que teu sol se pôs,
Sem me ver todo dia ou toda vez
Que o procurava na alegria que nos impôs.
No
entanto, o riso em meus lábios se escondeu
E timidamente empalideceu a espontaneidade
Daquele olhar atento, que arrefeceu
Sem decifrar mais nada — apenas a sombriedade.
E mesmo ausente, o brilho se refaz
Na lembrança que o tempo não retira,
E o coração se acalma, pouco audaz.
Porque o amor, embora se delira,
É chama antiga, adormecida em paz,
Que em cada pôr do sol ainda respira.
Vilma Orzari Piva
Direitos Autoriais Reservados ®

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