Reverso
Não havia percebido a ferida do abandono
agarrada ao meu colo, num colar de angústias.
Tampouco pensei que tivesses tanto querer
respirando o meu ar quente, inconfessável.
O que sei
é que não pude dizer todo o meu amor
debaixo da tua pele, incendiando cada poro meu,
nem do meu ser comovido misturado às tuas línguas
nas salivas e tremores, em ousadias do ontem.
Agora só resta o tempo para o desalinho,
teu cheiro escondido nas dobras da saudade,
e o eco da distância latejando em meu caminho.
Mas ainda que o tempo me roube o verso
teu nome escorre em mim feito vinho raro,
ardente presença embebido no meu reverso.
Minha querida amiga Vilma,
ResponderExcluirUm belo soneto que fala de abandono e desamparo.
Uma vida 100% feliz só é possível em prosa e verso; na literatura, isso nem sempre acontece na vida, no cotidiano.
Aliás, os poetas são seres que se permitem todo tipo de sofrimento e felicidade para escrever.
Nos encontramos e nos perdemos... A vida é efêmera e feita de momentos.
Um abraço e bom fim de semana!!!
Boa noite, querido amigo Douglas,
ResponderExcluirGrata por me ler na sua sensibilidade.
Realmente, a vida é feita de momentos e alguns deles se eternizam.
Tenha uma ótima semana.
Beijos!
Boa noite Poeta Vilma , mais uma belíssima criação para o teu acervo! A profundidade da tua poética é fantástica e de um valor precioso.Fico com o último terceto e seu laço de ouro!bjs de violetas
ResponderExcluirBoa noite, Poeta Marli,
ExcluirGratissima querida, pelo carinho da sua leitura e
palavras que estimulam meu fazer poético.
Tenha uma ótima noite,
Beijinhos