Ilustração / I A
Minha Rua
A minha rua era cheia de crianças,
de todas as idades, tudo misturado.
Havia brincadeiras nas tardanças,
sem qualquer perigo no asfaltado.
Meninos com bolinhas de gude
jogavam no triângulo já riscado,
as meninas brincando com atitude,
saltando amarelinha, bem arriscado.
Ainda jogavam bola, drible e golzinho,
matança, pular corda e balança caixão,
muita correria no pega-pega, ou sozinho
no esconde-esconde, polícia e ladrão.
Era uma rua plena de vozerio e alegrias,
e nas calçadas, as pedras portuguesas
sabiam dos passos e das boas parcerias,
e do cheirinho dos quitutes sobre as mesas.
Minha rua não temia o passar das horas,
pois cada tarde era eternizada em harmonias.
Hoje mora, ali, o tempo das memórias d’outrora,
e da infância viva debruçada em belas cercanias.
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