Rompe o azul depois da tempestade
E o céu tinge-se de luz e de bons ventos.
Nuvens brancas passeiam em irmandade
Bordando panos de fundo para meu alento.
Talvez essa luz que deixaste acesa entre versos
Revigore atos silentes das sombras e silêncios
E surpreenda todo espaço de desejos imersos
Após tua ida ao íntimo das clarezas que enuncio:
Talvez sejamos atores de um folhetim no palco da vida
Sob as vestes da iluminação transcendente das perdas
Libertos das correntes, quiçá da morte, em sobrevidas,
Num raio de luz viajando roteiros de voos frementes.
E o real está no imaterial da Arte nesse profundo sentir
Evocando a dramaturgia inefável da completude a luzir.
Vilma Orzari Piva
Direitos Autorais Reservados ®