ESTAGNAÇÃO
Desce a vida sem os sentidos de outrora
E a estagnação é nevoenta na noite escura
Embaçando horas foscas, cinzas do agora,
Quando a vida dita verbos dizendo-lhe não.
Alegrias se calam com sabor de decepção
No breu da boca da noite fria, descolorida,
Sem os sonhos repaginados de uma ilusão
Quando a vida dita verbos dizendo-lhe não.
Melancólicas agonias adormecem no vazio
Das mãos ao relento sem que se acelerem
Sonhos de um suspiro no marasmo que fere,
Quando a vida dita verbos dizendo-lhe não.
Letárgico coração. Real é a descrença e a visão
Que cortante sangra os pulsos de um coração
Quando a vida dita verbos dizendo-lhe não.
Vilma Piva
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