Araponga
Araponga, pássaro de canto
forte
Cantava para todo quarteirão
Sem se importar com sua
sorte
Dentro daquele grande gaiolão.
Naquele alto grito oficineiro
Quase o ouvido transtorna
Tal batida de um ferreiro
Do martelo na bigorna.
E eu criança quando ali passava
Torcia muito para ele não gritar
Tão estridente que apavorava
Que depressa corria atravessar.
Mas o pássaro só queria cantar
Nas matas, aos bandos, onde
voava,
Estar e ficar lá em seu habitat,
e sem ninguém incomodar.
Vilma Piva
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