Ecos da Poesia
Sei que não sou aquela que você pensava
Entre nomes suspirantes na costa do silencio
Tampouco sou matéria palpável que esperava
Caber num verso espelhado de prenuncio.
Mas ressurgi sobreviviente das tempestades
Procurando o farol da ilusão nos ecos da poesia
Com lágrimas nos olhos e sorriso de serenidade
Ao encontro do paraíso inalcansável da estesia.
Somos feitos das vãs ilusões murmurantes
Da complexidade de ser e do não existir
Um tanto do lume das esperas vibrantes
Na palavra que insiste em nunca partir.
E se não fui o fulgor de teus ideais,
Fui brisa entre as margens que soletraste,
Fragmento de luz no tempo que calaste.
Agora sou verso em abismos siderais,
Silêncio que canta essa ambiguidade,
Eco da palavra que em mim eternizaste.
Vilma Orzari Piva