Sopro de Outono
Novamente o outono , tal qual um belo poeta
Cansado das rimas amarelando-se ao tempo
Morno em suas folhas desprendidas ao vento.....
Tristeza, desencanto? Talvez a pausa num sopro
Que remexe e reorganiza as carícias dos versos
Sobre as partituras do amor deixadas ao relento.
Desejo? Talvez seja a vivência que incide na alma
Esse gozo incerto de um poema colhido nas horas
Das cores prestes a abrir a janela radiosa do nada.
Vilma Orzari Piva
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