Entrelinhas
Quando o dia escurece por sobre os telhados
E a luz da noite cintila em meus cantos dissolvidos
Vejo a face da tua ausência no meu vazio marejado
De águas silenciosas percorrendo roteiros ilhados.
Procuras o sonho, o incansável infinito dentro de si
O apagar das pegadas do ontem e a busca do novo.
As descobertas que curam feridas e o giro do tempo
Entre as buscas e as vozes que sabem dos teus ecos.
E surpreendes-me! Quantos experimentos e visões
Sonhando o invisivel para tuas mãos de carícias
E para os ardores que acaloravam minhas pernas...
E revelas-me senhor de suas próprias decisões,
Capitão de seus próprios mares de pericias,
Hábil guardador das entrelinhas eternas.