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sábado, 14 de março de 2020

Rua Deserta



RUA DESERTA

A noite, sobre o silencio da rua,
canta a nostalgia  disfarçada
de luzes, clareando as calçadas
das lembranças sob a branca lua.

E os semblantes calados das casas
erguem-se aos céus as suas preces
imprimindo varandas às estrelas 
para sonhar o azul noturno que tece.

Há mistérios sob os telhados
guardados à beira do passeio 
 dos passos dos homens cansados,
refugiados em seu poço de esteio.

E a rua dorme o sono de cada dia
debaixo das pálpebras cerradas
à espera do ritual em melodia
ao sol dos ensaios, labutas e comédias.

Vilma Orzari Piva
Direitos Autorais Reservados ®


8 comentários:

  1. Que Deus ilumine seus caminhos.
    E que a multidão noutro dia.
    Abrace o luar.
    Um beijinho florido.🌹
    Megy Maia

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  2. Obrigada querida Meg, amanhã será um novo dia!! Grata, amiga!! Paz e bem!!
    Beijinhos

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  3. Belíssimo trabalho querida Poeta Vilma,um poema forte e sensível com imagens poéticas brilhantes como as estrelas.
    "E os semblantes calados das casas
    erguem-se aos céus as suas preces
    imprimindo varandas às estrelas
    para sonhar o azul noturno que tece."
    Parabéns pela criação!
    bj de violetas

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    1. Obrigada Marli, poeta amiga querida, sua apreciação é sempre bem vinda, um estímulo para meus versos! Gratissima pelo companheirismo poético!
      Paz e bem!
      Beijos

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  4. Boa noite de paz e saúde, querida amiga Vilma!
    Estamos vivendo um tempo que o dia se tornará assim. Oxalá não passemos esse deserto como a China e a Itália!
    Sei que você poetisa sobre outro salutar silêncio, querida, o que é quebrado para dar luz ao novo dia e é bem-vindo o silêncio sobre os telhados como seu poema nos mostrou.
    "... Imprimindo varandas às estrelas
    para sonhar o azul noturno que tece."
    Tão preciosos os dois versos de sua poesia!
    Tenha dias abençoados e felizes!
    Deus proteja SP do vírus cruel!
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

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    Respostas
    1. Olá querida Roselia, estamos vivendo apreensivos, aqui no interior de São Paulo já se toma providências para evitar a contaminação do coronavirus.
      Precisamos manter a calma e seguir todas as instruções.
      Gratíssima por levar meu poema à sua sensibilidade!
      Paz e bem!
      Beijinhos

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  5. Olá, como está?

    O meu desejo é que esteja bem!
    Rua deserta!
    Eu que o diga.
    Saí para beber um café, percorri uns bons 300 metros e nem vivalma....

    Saudações poéticas!

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  6. Olá, amigo poeta,Vieira Calado,
    Estou bem, graças a Deus,
    Aqui na minha cidade ainda não tivemos nenhum caso de coranavirus.
    Estamos na prevenção contra essa contaminação, e ruas desertas tem sido normal também por aqui. Precisamos nos cuidar!
    Paz e bem e ótima semana pra você!!
    Beijinhos

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Obrigada pelo carinho da sua leitura e comentário!