quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Da minha Varanda



DA MINHA VARANDA

O dia amanheceu preguiçoso respirando o ar puro das manhãs tranquilas. Um sol tímido espiou mansamente os telhados e quintais que ficaram recobertos de folhas trazidas pelo vento noturno.

As calçadas e as ruas esperam enxugar-se por entre os amontoados que misturam galhadas e flores de Ipê, enfeitando agora os entulhos da esquina que ainda ontem denunciava uma parede recém pintada.

As casas ganharam cores sombreadas de umidades e suas janelas gotejaram lembranças do açoite e do uivo temporal que cantara solenemente a cumeeira.

E o dia abriu-se atrasado, se fez curto, iluminado de brevidades que da minha varanda se estendeu em quietudes e carícias sob o manto da aurora em paz....

Hoje, mais cedo, acenderei estrelas no céu e a brisa mansa me anoitecerá.

Vilma Piva
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