SONHOS DE HORIZONTES
O caminho prateado que tua lua faz
No avental de espumas que me destes,
Cresta o contorno do sonho pertinaz
Ao vê-lo envolto em minhas vestes.
Como se tu passeasses meu secreto
Recôndito de gotas em meus cabelos,
Tramando-me nua, quase sem veto,
Acordoando-te molhado em meus pelos.
Ah! Poeta valente da cintura aos pés
Aos poucos vais inundando águas
De rebolos e marulhos ao revés
Das tuas mãos rasteando-me árduas
Rotas de arrepios matando nossa sede
Lavando nossa pele que não hiberna
Sonhos de horizontes e que nos leve
Às águas cristalinas da nossa cisterna.
Vilma Piva
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