TRAVESSIA
Doce é a noite do sol do meu bem
Descendo manso, devagarinho,
Alojado no seio do meu carinho
Ponteando-me ilusões de refém.
No abrigo das sombras e dos teus vultos,
Passageiros irisados no absorver
Escritos meus, em preto e branco, ocultos
Na travessia da tua boca a me soerguer.
No teu corpo e coração aos despontes
A cada alvorecer prisioneiro
Suplantas-me novos horizontes,
Que meus seios libertos, acolhedores,
Resplandecem erigidos à tua ponte
Ofertando-te alimentos sonhadores.
Vilma Piva
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