Depois do Adeus

Depois do Adeus

Naufragam as carícias nas curvas das palavras

e à deriva restaram pausas para o depois do adeus.

Tudo passa a cada minuto e o tempo não perdoa

as marcas de sol e sal que ficaram das labutas.

Sou o agora que caminha sem saber do depois

e um pouco do cotidiano sem os desejos à dois. 

Não entendo o vento quando varre o que é bom 

deixando para trás a vã escuridão num céu azul.

E na turva visão dos meus olhos imaginários 

refaço meus sonhos alados à beira de mim.

E guardo de ti o melhor do perfume do amor,
O sorriso das noites nas entrelinhas da alegria,
o palpitar do teu coração, senhor das emoções,
e o beijo que beijo à distância para em ti pousar.

Vilma Piva
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