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sábado, 22 de outubro de 2016

Princípio




” Sei que posso transformar sonoros finais
 em imensos princípios” 
Poeta Rolando Del Pozo

PRINCÍPIO

Agora que a dor acordou meus sentidos
E minha voz se levantou rouca e silente
Sei que posso traduzir meus pequenos passos
Em esperanças de ver luzes nos horizontes.

Sei que posso transformar meu semblante
Em radiantes visões mescladas de alegrias
Ao retirar o turvo olhar que nublado
Impediram o sol de festejar claridades.

Bem sei e reconheço o domínio das ausências
De teus beijos em meus lábios calados
Que ainda reclamam pelo gosto da tua boca
Plena de ganas, desejos e ardências.

Talvez não seja tarde para consumar
A volta do amor que devolve o sonho
Em nossos semblantes, mãos e bocas,
E nos transformam em novo principio.

Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®





sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Teu Verso



TEU VERSO

Na minha boca
só teu verso exclama,
acende a chama !

Provoca sensações,
palavra à palavra,
versa-me emoções!

Traduz meus lábios
nas tintas do amor,
vinho e licor!

Palpita a vida
E o coração convoca:
Amar-te sem medida!



Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

terça-feira, 21 de junho de 2016

No Limiar do Inverno






NO LIMIAR DO INVERNO

Não mais importa o vento do outono
Nutrindo folhas já amareladas,
Tão pouco as vozes das madrugadas
Querendo sonhos de abandonos.

Eis que a luz insurge das centelhas
Tremulando a calidez do sereno
Sobre as casas de sol ameno,
Às portas do inverno, sob as telhas.

E deixo o sol entrar batendo na soleira
Dessa minha textura de lareira
Ardendo mantas de aconchegos,

Entre paredes, em panos de fundo
No aceso da órbita do meu mundo
Sonho-te acalorado em meus chamegos.

Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

domingo, 12 de junho de 2016

Vestigio de um sorriso


Agradeço a amiga Mi Luch 
pelo carinho na ilustração ao meu poema!
Obrigada querida !!!



VESTÍGIO DE UM SORRISO

Quando a tardinha deixa cair o vestígio
De um sorriso angelical sobre as roseiras
O outono vem depressa para o litígio
Da estação dos ipês e quaresmeiras.

E por entre a faixa rubra do horizonte
Vem o encanto, o delírio e a pureza
Na cor que avermelha o tom da ponte
Que liga a terra ao céu da beleza.

É nessa hora que deixo cair as saudades
Sobre dois olhos negros adolescentes
Que floresciam tons de jovialidades
Na ilusão dos amores permanentes.

E brota dali uma certa esperança
De vê-lo passar nessa caminhada
Entendendo que o tempo é criança
Sorrindo prá nós dois nessa florada.

Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®



terça-feira, 10 de maio de 2016

Mãe





Mãe é zelo e carinho
Que toda hora se tem.
É um anjo no caminho
Que do amor é refém!


Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados®

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Desígnios



DESÍGNIOS

Do imenso vale ao redor de nós
Brotou uma gota de perfume
Daquelas tardes de amor e ciúme
Que temperavam sabores em nós.

Eram tardes de amor e sonho
Compondo beijos e sentidos
Que descaminhos hoje vividos
Eram desígnios quais suponho.

Ter sido o sentido da claridade
A nos converter em mais amor,
Em mais essência para onde for
Esse aroma exalando saudade.

Tal qual esse sol viajor, andante,
Rebento de luz depois da chuva
A mostrar que o tempo foi a luva
Revestida lado à lado caminhante.

Ternamente em nós, pausa e ebulição
Sobrevoando instantes impregnados
De olores sussurrantes, almiscarados
De nossas bocas num beijo de paixão.


Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados®


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Trovador



TROVADOR

Encanta o trovador
Com melodias de emoção,
Nas cordas do amor
Canta feliz o coração !


Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Das Esperas - II -


DAS ESPERAS - II -

Eu sou o que te espera após o estio
Daquela noite escura, caída, a perecer
De fome e frio, cega, querendo rever
Teus olhos de alquimias ainda que tardios.

Eu sou a noite que atravessa sombras
Enquanto vigio o gosto de teus beijos
Em rondas de sonhos, amor e desejos
Debaixo das palavras que me assombras.

Sou a voz tremula e ansiosa que te espera
Num sussurro de ondas agigantando o mar,
No flagrante do leito, no teu peito de amar
E nesse sorriso que no meu rosto se fizera.

Eis que trago minhas mãos em teus cabelos
E meus lábios em tua boca onde desatei
Meu corpo acalorado que no teu tanto amei,
Apaixonadamente, amor, hei de revivê-lo.

Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®




DE LA ESPERA - II -

Yo soy lo que se espera después del verano
Esa noche oscura, caída, el perecer
Del hambre y de frío, ciego, quiero revisar
Los ojos de la alquimia, aunque tarde.

Yo soy la noche que cruza sombras
Mira como es el sabor de sus besos
En las rondas de los sueños, el amor y los deseos
Debajo de las palabras que me acechan.

Yo soy la voz de las olas que espera con ansiedad
En un susurro las gigantescas olas del mar,
En huelga de cama con su corazón al amor
Con sonrisa que en mi cara hizo.

He aquí, yo traigo mis manos en tu pelo
Y mis labios en tu boca cuando suelto
Mi cuerpo arde de tal manera de amor
apasionadamente, ven amor, para verlo.

Traducción libre
Ricardo Guitierrez