CALEIDOSCÓPIO
Descansando fardos e mãos
Aos pés dos rochedos os dias,
Mergulhei no peso das ausências
Sobrepostos no prumo da ilusão.
Bem ali desembrulhei meu rosto,
Asfixiado, pondo em fuga os ares
Das fitas que liberam o claustro
Do riso de meus sonhos em cores.
E de braços abertos respirei cartas
Dependuradas no cimo do horizonte
Num caleidoscópio de tintas fartas
A compor-me egressa na tua fronte.
Sem que saibam os ventos a esmos
No mosaico da tua boca a paixão
Todo meu alívio, ainda que os mesmos
Neguem-me vinhos de teu coração.
Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®
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Eis um belo poema, amiga Vilma. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma boa noite.
ResponderExcluirBom dia, Vilma!
ResponderExcluirQue belo poema! A dor, o alívio, mesmo não sendo correspondido o amor.
Adorei as rimas.
Abraços, Márcia.
Vilma, parabéns pelos lindos versos! São intensos.
ResponderExcluirBjs