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sábado, 4 de julho de 2015

Além da Janela



 ALÉM DA JANELA

Além  da janela,  onde pousei  meu beijo
Com gosto de cereja, hibernavam sombras
Solitárias que roubaram os desejos
De nos verem acordados em assombros.

Assim tropecei no vazio, e respirei
O vento frio que cantava o inverno
No meu corpo e nas mãos que desbotei
Em versos, sem saber do teu rosto terno.

Hoje  minha voz ronda teu travesseiro
Delineia teu peito posto em desafio
Preenche  tuas marcas de companheiro
E abraça teu corpo sem medo do vazio.


Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®


2 comentários:

  1. Um poema belíssimo e digno de ser lido e relido. Parabéns pela a escrita e uma grandiosa e feliz semana...

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Obrigada pelo carinho da sua leitura e comentário!