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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Noite Fria



NOITE FRIA

Cantos e canções pelas calçadas
Choram agonias do bardo trovador
Que na noite fria traz seu cobertor
De encantos à lua e as madrugadas.

Na praça, no coreto e nos jardins,
Numa mesa de bar cantam boêmias
Sobre os seios da amada em poesias
Perfumam os madrigais de jasmins.

E a noite entoa o que num grito pia...
Dissipa o nevoeiro à luz do decote,
Faz seresta, acende seus archotes,

Aquece-me da friagem que principia
O inverno e a garoa dos chicotes
Pelas ladeiras do seu capote.

Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

2 comentários:

  1. Neste lindo soneto recriei imagens de uma noite em Diamantiina nos anos 70.Noite fria numa cidade onde a seresta se faz presente em cada rua,espalha por praças e coreto. O romantismo vive nas noites frias e aquecidas pelo amor,embora haja tantos desiludidos.
    Linda construção.
    Meu abraço Vilma.

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  2. Belo soneto...Particularmente adoro sonetos, principalmente os singelos e profundos...
    micheleretalhos.blogspot.com

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Obrigada pelo carinho da sua leitura e comentário!