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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Concha Cativa



CONCHA CATIVA

Concha do meu próprio mar,
estive levada pelas ondas
e sem escolhas me deixei ficar
ao sol da saudade em rondas.

Hoje, volto ao som das guitarras,
ao mar e céu, aos azuis espraiados,
ao borburinho das doces cigarras
e ao canto dos ventos acetinados.

Volto a gestar o riso e o encanto,
a pérola que sonha gotas de vidas
na voz de um verso de acalanto
que me tombou ferida, doce, cativa.


Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

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